Neste livro, o autor reflecte sobre a relação do ser humano com o transcendente não divinizado, que pode bem ser o próprio ser e aqueles com quem este se relaciona. Em tom muitas vezes provocador, quase blasfemo, revisita-se a tradição judaico-cristã da nossa cultura, propondo-se uma transcendência humanista, humanizada e humanizadora. As “outras coisas menores” percorrem temas como o amor, a amizade, a(s) crise(s), os actuais problemas sociais e lançam vários gritos de revolta, apelando sempre a uma acção prática.
Escrito por Mário Cláudio, Prémio Pessoa, no prefácio intitulado “E cospe-me no rosto”
O verso de José Régio, erigido aqui em título de prefácio, bem poderia pontuar como leitmotiv a partitura que André Lamas Leite intitulou Deus e Outras Coisas Menores.
“A voz do velho poeta metafísico atravessa de facto, e como um eco recuperado, as linhas do livro a seguir, ainda quando nele se não trata apenas de dialogar com transcendências enigmáticas, mas de reflectir, conforme ao que sucede na segunda parte, sobre humanas condições. Um tecido verbal que se deixa engastar de fios extricados da Bíblia, da liturgia da missa canónica, e de alguma patrística, remete desde logo esta longa objurgatória para a dimensão de uma religiosidade, e muito mais do que uma espiritualidade, de raiz judeo-cristã.”
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